Afastado da presidência da Câmara, Eduardo Cunha gasta mais de R$500 mil por mês sem trabalhar.
Após ter o mandato suspenso pelo STF, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que responde a vários processos, entre Conselho de Ética da Câmara e no Supremo Tribunal Federal, custa mais de 20 salários-mínimos por dia aos cofres públicos.
Segundo dados apresentados pelo PSOL, Cunha tem gastos de mais de R$500 mil por mês para se manter. Só com a manutenção da residência oficial, ainda ocupada pelo presidente afastado, a Câmara gasta cerca de R$ 400 mil. Além disso, Cunha conserva o salário de R$ 33,7 mil e verba de gabinete no valor de R$ 92 mil para pagar funcionários de seu gabinete. Apenas a cota para o exercício da atividade parlamentar, em torno de R$ 35 mil, foi cortada.
Para chegar ao valor de R$ 400 mil com a manutenção da residência oficial, o Psol fez o seguinte cálculo:
-
Manutenção de 16 agentes do Departamento de Polícia da Câmara à disposição de Cunha: R$ 217 mil;
-
Despesas mensais com alimentação, água, luz e telefone: R$ 35 mil;
-
Serviço de vigilância terceirizada: R$ 60,3 mil;
-
Salário da servidora da Câmara que administra a residência oficial: R$ 28,2 mil;
-
Serviço de copa e cozinha (um chefe de cozinha, três cozinheiros, dois auxiliares de cozinha, quatro garçons e duas arrumadeiras): R$ 35,9 mil;
-
Salário de quatro motoristas: R$ 29,3mil.
A Diretoria-Geral da Câmara informou não saber o gasto mensal com a manutenção da residência oficial. Segundo a assessoria, Cunha tem utilizado automóvel próprio e um veículo da Casa como escolta. O fim das regalias ao peemedebista também foi solicitado esta semana pelo vice-líder do PPS Arnaldo Jordy (PA) à PGR.
Fonte(s): Congresso em Foco.