Um áudio divulgado pela Folha de São Paulo revela conversas de Romero Jucá, Ministro do Planejamento e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, sugerindo um “pacto” contra a operação Lava Jato.
A semana começou agitada em Brasília! Além do Governo entregar a proposta da meta fiscal com um rombo de mais de R$170 bilhões, o jornal Folha de São Paulo divulgou áudio onde o Ministro do Planejamento, Romero Jucá parece fazer um pacto com o ex-presidente da Tanspetro, Sérgio Machado, contra a Lava Jato.
As gravações são do início do ano, pouco antes do da Comissão Especial do Impeachment na Câmara dos Deputados finalizarem as audições que viriam a culminar com a aprovação da abertura do processo contra a presidente afastada, Dilma Rousseff.
Após a divulgação dos áudios, O PSOL entrou com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR), pedindo a prisão de Romero Jucá, por suspeita de ter atrapalhado investigações da Lava Jato, o Ministro do Planejamento também acionou a PGR para solicitar a íntegra dos áudios divulgados.
Sob vais e protesto, o Ministro, que não descartou a possibilidade de aumentar impostos para tentar equilibrar as contas públicas, anunciou que tiraria “licença” do cargo atual. Tecnicamente, não há licença para o cargo de Ministro, e se fala em exoneração, para evitar uma possível contaminação do atual governo do presidente em exercício, Michel Temer.
Temer disse que Jucá ficará afastado até que estas informações da gravação sejam esclarecidas. Jucá é suspeito na Lava Jato e responde a outros casos no STF e seu substituto, Dyogo Oliveira também é investigado na Lava Jato e na Operação Zelotes. Durante o anúncio de seu afastamento, manifestantes seguravam um cartaz dizendo que Jucá é como Delcídio [do Amaral], e que deveria ser preso, responder no conselho de ética do Senado Federal e perder seu mandato. Com o desligamento do cargo de ministro, Jucá volta a atuar como senador pelo PMDB de Roraima, e deve participar da votação pela redução da meta fiscal logo mais.