Tem como os clássicos ficarem melhores?

Não só tem como é exatamente nisso que a Disney tem apostado. Quem foi criança entre os anos 80 e 90, cresceu se encantando com a simplicidade dos contos de fadas transformados em desenhos animados. Antes disso, só lendo e contando com a imaginação. É impossível se esquecer de Rei Leão, que foi capaz de arrancar lágrimas até dos mais durões; Cinderela, Branca de Neve, A Bela e a Fera, 101 Dálmatas, Pinóquio… E as músicas então? Inesquecíveis!

A talvez maior fábrica de sonhos do mundo, que não é boba nem nada, está atenta à liquidez da sociedade (oi, Bauman), e sempre nos surpreende com histórias cada vez mais cativantes e cheias de assuntos contemporâneos que, às vezes, quebram os próprios paradigmas (vide o famigerado “se casaram e viveram felizes para sempre” se transformar em “não preciso me casar com quem acabei de conhecer”, de Frozen).

A questão é que, nos últimos anos, a Disney tem lançado mão das tecnologias e transformado seus clássicos desenhos animados em produções cada vez mais reais e detalhadas, integrando, na mesma tela, animação e atores reais. É o chamado Live Action.

Os primeiros filmes desta leva que se popularizaram foram Alice no País das Maravilhas (2010) – que já tem continuação, Alice Através do Espelho (2016) – Malévola (2014), Cinderella (2015), e Mogli: O menino lobo (2016).

O último, inclusive, me surpreendeu quando assisti. O desenho já era meu filme favorito desde criança e, por receio de não gostar da versão nova, demorei muito para assistir. Mas, dentre pontos positivos e negativos, fiquei surpresa, e de forma boa.

O único detalhe que não me agradou foi o fato de ele não ser totalmente fiel à história original. Mas acredito que seja comum, pois a maioria dos remakes e afins têm um toque que o difere da versão anterior. No caso de Mogli, isso não é tão ruim quanto parece. Pelo contrário. Alterar alguns fatos propiciou que a história fosse expandida e isso, acredite, é maravilhoso.

Sobre a parte visual: é de tirar o fôlego. Você tem a sensação de estar realmente assistindo algo puramente real, de tão bem feito e detalhado que é, mas ao mesmo tempo, há certo hiper-realismo (ou até surrealismo), e dão aquela sensação de que estamos realmente assistindo algo fantástico, cinematográfico, o que também propicia uma sensação gostosa. A fotografia é impecável e acompanha cada sentimento que o filme quer transmitir, de angústia, medo, alegria, leveza…

Ah, e o único ator que aparece no filme é Neel Sethi, o que vive o menino Mogli. Os ouros personagens são pura computação gráfica, onde pessoas estudavam e reproduziam de forma fiel o comportamento de cada animal, e tais atos foram registrados através de motion capture. A voz foi feita por atores como Scarlett Johansson, Lupita Nyong’o, Bill Murray e Idris Elba, por exemplo.

Voltando às produções da Disney, agora, ao que podemos esperar. De acordo com o site IG Gente, uma leva de clássicos está saindo do forno em forma de live action, portanto, nostálgicos de plantão, preparem o coração.

Talvez o mais aguardado seja A Bela e a Fera, que terá a querida Emma Watson no papel principal. O lançamento está previsto para 16 de março de 2017, mas a internet já está pirando com as fotos, trailers e teasers que o estúdio vez ou outra divulga.

A mocinha que se veste de homem para lutar no lugar do pai em uma guerra, Mulan, também ganhará nova roupagem e tem data de estreia: 2 de novembro de 2018. Outra novidade é que Tim Burton já assinou contrato com a Disney para dirigir a refilmagem de Dumbo, ainda sem data de estreia, assim como Tink, o live action da fadinha de Peter Pan, que deve ser interpretada por Reese Witherspoon, com roteiro de Victoria Strouse, de Procurando Dory.

Rei Leão, com o mesmo diretor de Mogli e as músicas originais do desenho; A Pequena Sereia, Pinóquio, Ursinho Pooh, Cruela De Vil, Príncipe Encantado, Rosa Vermelha (irmã de Branca de Neve) e as continuações de Malévola e Mogli também estão previstas para virar live action, mas ainda sem muitas informações concretas.

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