Na madrugada desse 04 de junho de 2016, o homem Cassius Clay se despediu da humanidade, dando imortalidade à lenda Muhammad Ali.
Cassius Marcellus Clay Jr, nascido em Louisville, Kentucky em 1942, ficou conhecido mundialmente como Muhammad Ali, nome que adotou após se converter ao Islã e por lutar pelos direitos dos negros e igualdade racial.
Nos quadrinhos, venceu o Superman, e no cinema, foi interpretado por Will Smith em uma cinebiografia chamada Ali e sua luta mais famosa é revivida no filme Gangster Americano.
Em 1978, na história em quadrinhos, o vilão Rat’Lar quer destruir a Terra, e desafia o melhor lutador do planeta para tentar salvá-la. Para definir o melhor do planeta, um embate entre Ali e Superman ocorreu, e ao quarto round, o humano venceu o herói, mas não pôde enfrentar o vilão.
No filme Ali, Muhammad Ali é interpretado por Will Smith, que narrou a fase mais intensa da história do boxeador, incluindo o confronto que ficou conhecido como “Luta do Século”, uma lutas de boxe mais famosas de toda a história! E a Luta do Século também teve destaque no filme Gangster Americano.
A TRAJETÓRIA
Aos 18 anos, quando ainda era conhecido como Cassius Clay, realizou um grande feito, conquistando o Ouro Olímpico. Em 1964 se torna o campeão mundial dos pesos-pesados. Até que em 1967, depois de uma polêmica, o jovem perdeu o cinturão e foi afastado do boxe por 3 anos.
Em 1970 voltou aos ringues, recuperou o cinturão, mas o perdeu no ano seguinte para Joe Frazier, Não pense que foi algo simples, foi um duelo de 15 rounds, decidido pelos juízes ao final. Nos meses seguintes, enfrentou uma sequência de confrontos, até que reassumiu o posto de número do mundo em outubro de 1974, na ocasião, a batalha contra George Foreman ocorreu em Kinshasa, antiga capital do Zaire (hoje República Democrática do Congo). Este combate ficou conhecido como a “Luta do Sécrulo”, e Ali contava com o apoio massivo da torcida, que vibrou muito quando o ídolo venceu por nocaute ao oitavo round.
Outra luta histórica foi a chamada Thrilla in Manilla, nas Filipinas, quando derrotou novamente Joe Frazier em 1975. Na sequência, perdeu o título de campeão do mundo em 1978 para Leon Spinks, mas recuperou sete meses depois ao bater o mesmo lutador, antes de anunciar a aposentadoria em 1979. Mesmo aposentado, voltou aos ringues outras duas vezes, antes de pendurar definitivamente as luvas.
Em 1984, revelou de que sofria do Mal de Parkinson, e usou sua fama para ajudar nas pesquisas em busca de uma cura para a doença, chegando a fazer tratamento com células tronco.
Mesmo doente, continuou a fazer ações beneficentes pelo mundo, levando sua mensagem de paz e igualdade. E em 1996 foi homenageado, acendendo a pira dos Jogos Olímpicos em Atlanta, sendo presenteado com uma réplica da medalha que conquistou, mas jogou fora, após um dia ter sido vítima de racismo em um restaurante, em 1960.
Em 2005, construiu o Muhammad Ali Center, em Louisville, um centro cultural para crianças e adultos. Nos anos seguintes, ganhou prêmios e condecorações. Mas, com a saúde debilitada, veio a falecer nesta madrugada de 04 de julho de 2016.