O leitor indica – Parte I

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

Quero que se imagine numa conversa informal com os amigos nesta edição. A proposta do ‘Leitor indica’ é trazer outras opiniões sobre livros, filmes e músicas, indicados por nossos leitores e assim, aumentar nosso repertório cultural. Nesta primeira edição, temos alguns filmes, um livro e um álbum visual, uma tendência no mundo musical. Ah! E se quiser aparecer por aqui, deixe sua sugestão!

No escuro, de Elizabeth Haynes

De 2011, o livro No escuro é contado através de uma linha do tempo dividida entre o antes e o depois de uma mulher que adquiriu TOC e outros traumas após se relacionar com um homem agressivo. O estudante de jornalismo Sérgio Júnior é quem indica e classifica a obra como instigante, do tipo que causa amor e ódio ao leitor.

“É uma linha do tempo confusa. No antes, temos a relação dela com ele e vamos vivendo as situações que causaram todos os seus traumas. No depois, temos o resultado de tantos traumas: uma mulher triste, sozinha e com medo do passado. Há nele situações tão absurdas de abuso que beiram o exagero, são difíceis de acreditar. Mas, ainda assim, são situações que realmente podem acontecer e provavelmente acontecem por aí. É uma história intensa. Forte. Um retrato real de abuso. Amo pelo fato de ser tão bem escrito e conseguir causar tanto impacto em quem o lê. Me causou sensações ruins durante um bom tempo”, explica Sérgio, que escolhe seus livros pela capa e pelo nome, sem buscar sinopses antes, para garantir a sensação de surpresa ao longo da leitura.

Minhas tardes com Margueritte

Para quem também é apaixonado por toda a delicadeza das produções francesas, a estudante de História Rita Bocato sugere o filme Minhas tardes com Margueritte (2011). No gênero comédia, o filme promove o encontro entre o ranzinza Germain (Gerard Depardeu), cinqüentão com bloqueio intelectual desde a infância; e a frágil Margueritte (Gisèle Casadeus) que, com seus 100 anos, é cheia de vida e história para contar.

“Ela cativa Germain pelo simples amor à leitura. Assim, os dois constroem uma amizade inabalável regada a divertidas conversas e muita leitura. É instigante, dá vontade de ler o mundo através dos livros. É impressionante como ele mostra que a vida de uma pessoa muda a partir do momento em que ele começa a aprender a ler e assimilar o que está lendo”, diz Rita, encantada pela história.

Sr. Sherlock Holmes

Apaixonada por Sherlock Holmes, a publicitária Yoná Michelam indica Mr. Holmes (2015), ou Sr. Sherlock Holmes, em portuga. O filme é incrível porque aborda a velhice do icônico detetive britânico que se exila depois de não conseguir solucionar um caso.

“Ele passa a morar em uma casa, no interior, e faz amizade com Roger, filho de sua governanta, que está bem interessado em resolver o caso. Sherlock está com 97 anos e começa a apresentar sinais de esquecimento. Mas a amizade com o garoto faz com que ele se anime. Eu amei esse filme, principalmente porque vemos o outro lado do detetive. Ian McKellen me emocionou na atuação. Você mergulha na história. A gente está acostumado com aquele personagem sagaz e egocêntrico, ai você se depara com um senhor de 97 anos, cansado e que perdeu seu companheiro Watson, seu irmão Mycroft e a Sra. Hudson. A amizade dele com o garoto é cativante e faz você querer ter o Sherlock como seu amigo”, afirma.

Lemonade

Este álbum não poderia ficar fora do E ai, cultura? simplesmente por ser genial. A rainha Beyoncé saiu da sua zona de conforto, cutucou várias feridas e causou frisson ao lançar Lemonade, seu álbum visual. Para falar dele, convoco o fã da Queen B Johnas Gomes, futuro esteticista.

Ele conta que o nome Lemonade faz referência aos escravos norte-americanos que acreditavam que beber limonada fazia a pele clarear. A obra é chamada álbum visual porque compila todos os clipes e músicas, formando um documentário e contando uma história.

“Ele fala sobre empoderamento negro, violência policial, traição, padrões de beleza, independência feminina e direitos civis. É um álbum bastante conceitual que saiu um pouco do eixo que a Bey costuma trabalhar. Ela optou por algo diferente, um tema bem forte e profundo que defende a causa de muitas pessoas e incomoda outras. Eu particularmente amei, porque defende uma causa que é minha também”, enfatiza Johnas, que elegeu Love Drought e 6 Inch como suas músicas favoritas. Pega o trailer para sentir a responsa desta obra:

As sugestões foram muitas e não param por aí. No próximo sábado, teremos a parte dois de O leitor indica e, se quiser participar, deixe uma indicação nos comentários.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

Relacionados

Deixe um Comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

x

Fazer Login