Com quase 43 horas, Câmara bate recorde de sessão mais longa e logo mais inicia votação de mais aguardada dos últimos anos.
[yop_poll id=”6″]
Iniciada por volta de 9 da manhã do dia 15, sessão para debate e apreciação e discussão do relatório da Comissão Especial de Impeachment, sessão foi encerrada somente fim da madrugada deste domingo.
Foram 265 deputados para serem ouvidos. A sessão teve logo após sua abertura a fala dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, que assinaram o pedido de impeachment. Depois deles Ministro da Advocacia Geral da União (AGU) José Eduardo Cardoso que vem defendendo a presidente Dilma, questionou o relatório do deputado Jovair Arantes. Argumentou contra o fato do relatório conter dados sobre a delação do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS). E também questionou a legitimidade do presidente da câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) conduzir a sessão de votação do processo, alegando que Cunha teria aceito o pedido de impedimento de Dilma como um ato vingativa. Para a AGU, aprovar o impeachment será violação da democracia.
[yop_poll id=”6″]
Os líderes dos 25 partidos com representação na câmara tiveram, cada um, o tempo de 1 hora para se pronunciar, seguindo a ordem da maior para a menor bancada, podendo este tempo ser dividido por até 5 parlamentares.
Partidos se dividiam entre favoráveis e contrários. Alguns líderes disseram que seus partidos haviam fechado a favor ou contra o impeachment, alguns poucos diziam que suas bases estavam divididas, e até mesmo que seus deputados estavam liberados para votar conforme suas convicções.
Entre as novidades, estavam os discursos do “nem Dilma, nem Cunha”, um movimento de alguns partidos, como o PSOL, que chamam de “acordão” a movimentação do PMDB em querer dominar as três casas do planalto (Executivo, Câmara e Senado). Somente no sábado os líderes terminaram de se pronunciar.
Ainda no dia 16 começaram as manifestações individuais, onde cada deputado teria 3 minutos para se manifestar, sempre alternando entre parlamentares a favor e contrários ao processo de impeachment.A alternância de discursos seguiu sem muito tumulto, nada muito grave, exceto o incidente ocorrido no início da madrugada do dia 17. Quando o deputado Vitor Valim (PMDB-CE) em seu discurso disse “não ter medo dos bandidos do PT”. Após o discurso de Valin, houve um princípio de tumulto, onde ele e Sibá Machado (PT-AC) quase se agrediram fisicamente.
A sessão teve muitos deputados abrindo mão de seu direito à palavra. Eduardo Cunha tentou um acordo para finalizar a sessão até as 5 da manhã, uma vez que estava prevista para terminar às 11 h, porém, mesmo sem o acordo ser formalmente firmado, a sessão foi encerrada às 03 h 43 min.
Agora, às 14h o presidente da câmara pretende iniciar a sessão de votação pela aprovação ou não da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma, e vê previsão de conclusão da votação por volta de 21h.
Nesta sessão, os deputados terão cerca de 30 segundos cada um para anunciarem se votam a favor ou contra o processo seguindo ordem definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Votarão alternadamente deputados de um estado do norte, depois um do sul, fazendo a vice-versa, um do sul e outro do norte, assim sucessivamente.
Primeiro os de Roraima, no Norte. Em seguida, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, no Sul. O quarto e o quinto estados voltam a ser da região Norte: Amapá e Pará. Depois vem o Paraná, seguido de Mato Grosso do Sul, Amazonas e Rondônia. Depois, seguem dois do Centro-Oeste, Goiás e Distrito Federal. Depois vem os dois últimos do Norte: Acre e Tocantins. E o último da região Centro-Oeste, Mato Grosso. A seguir entram votos do Sudeste e do Nordeste, alternadamente. Dos nove estados nordestinos, cinco entram em sequência, como os últimos a ter votos anunciados.